Por dentro do MoMa (Museum of Modern Art) e do Moma SP1
30/08/2017
O que podemos observar é que a expressão artística nasce e sobressai em momentos de tensões sociais e crises culturais. E não foi diferente com o MoMa, em New York: em 1929, o grupo formado por Lillie P. Bliss, Cornelius J.Sullivan e John D. Rockefeller II fundou o museu com apenas oito obras, dando lugar às obras modernas.
Hoje é o museu mais visitado de Nova Iorque, com 150 mil peças, além de 300 mil livros e ficheiros com mais de 70 mil artistas. Obras como "A noite estrelada", de Van Gogh; "Nenúfares" de Monet; e "A persistência da Memória", de Salvador Dalí estão presentes no local. Além dessas, há também obras de Pablo Picasso, Edvard Munch, Chagall, Brancusi e objetos do Império, Egito e da época neolítica.
Para os arquitetos, existe um andar dedicado ao projeto chamado "Jovens Arquitetos", com maquetes que se estendem ao MoMa PS1.
As exposições temporárias e instalações merecem sua atenção. Solicite informação ao chegar ou veja pela internet.
Eu, particularmente, passo pelo museu todas as vezes que estou em Nova Iorque e sempre tenho a mesma sensação. Fico boquiaberta com as obras e com a arquitetura do museu com suas fendas, rampas, janelas geométricas que dão amplitude, luz e harmonia às obras.
Observar cada detalhe é surpreendente em todas as vezes que vou.
O projeto arquitetônico é de Yashio Taniguchi, entre 2002 e 2004.
A recomendação é sempre deixar um tempinho para a lojinha do piso térreo, onde você vai enlouquecer, pois é imensa, com livros, filmes, vídeos e uma variedade de objetos de design que você só encontra lá. Aliás, eu adoro lojinha de museu, como já disse em outras postagens. O restaurante também é muito interessante e badalado. Dê uma parada, mesmo que seja para um cafezinho, vai valer a pena.
Desta vez, não fomos almoçar no museu e repetimos o restaurante da calçada à frente: o italiano Muzarela e Vinho. Moderno, rápido e delicioso.
Localizado em Midtown (11 West 53 Street), região central de Manhattan.
Apesar do MoMa estar em uma região comercial e muito frequentada pelos turistas, paramos apenas para um presente e fomos para casa, pois passamos horas na visita.
No dia seguinte, fomos ao MoMa SP1, pois a região é totalmente diferente e nada central.
O MoMa SP1 foi uma das novidades desta viagem, eu particularmente o desconhecia e adorei.
Numa proposta totalmente diferente, o museu foi criado para os artistas contemporâneos que não tinham um local ideal para suas criações e foi em 1997 que o centro de arte contemporânea SP1 reabriu ao público após um projeto de renovação.
Logo ao entrar no museu deparei-me com a obra da maquete que estava no MoMa. "Lúmen" trata-se de uma enorme cobertura de um tecido especial trançado que capta luz do sol e muda de cor com ausência do sol, além de outros efeitos ecológicos. Neste espaço temporário, dedicado aos "novos arquitetos", tem concertos, palestras e eventos que reúnem centenas de jovens, uma atividade comum em Nova Iorque.
Entrando num pequeno café há dois andares dedicados à arte contemporânea.
No espaço dedicado ao Brasil, a artista Cinthia Marielle, que esteve na Bienal de São Paulo e foi escolhida para ocupar a área toda com sua obra, deu-me uma alegria imensa e a esperança do reconhecimento de nossos artistas por todo o mundo. O museu é pequeno e, com isto, é mais rápida a visita.
Saímos e fomos almoçar no Kumen 5-50 50TH Aven lic Long Island City.
Restaurante japonês com personalidade, pequeno, com decoração moderna e clean e com algumas fotos exposta de artistas regionais, que estão à venda. Uma vitrine com os temperos utilizados nos pratos à venda e uma pequena vitrine de doces dando para a rua referem a um típico bar da tradição Izakaya.
Adoro saquê e o que provei foi inesquecível. Os Izakaya eram frequentados apenas por homens, mas hoje a frequência é do público jovem em geral, que vai para os cafés, almoços, happy hour e jantar.
Uma tarde ótima para repetir.