Sempre há uma oportunidade de visitar, de sair, de conhecer e de rever.
Eu havia vindo há alguns anos. Havíamos tido o melhor ano de nossas vivas quando ganhamos o Carnaval de Votuporanga com nossa escola de samba Mulata Dengosa e, para completar a alegria, viemos para as cidades históricas de carro com minha irmã e meus tios Pascoal e Sandra. Nossa viagem foi acampando pela Club, "camping do Brasil", uma aventura que deixou saudade.
Mas nada disto importa agora. A época é outra, a vida mudou, os anos passaram e, graças a Deus, permaneceu o espírito aventureiro.
Recebemos o convite do casamento de Fernando e Andréa. Claro que imediatamente aceitamos o convite e já organizei nosso passeio. Paramos em Belo Horizonte para um jantar e em Brumadinho para conhecer Inhotim e depois seguimos para Tiradentes.
Chegamos à noite de carro. A estrada é boa, porém, como é serra, muito cansativa e demorada.
Assim que chegamos, os noivos nos ligaram para um happy hour e, para surpresa de todos, inclusive dos noivos, foram 350 pessoas. O número de presença nos dá dicas do sucesso deste tipo de festa, que já falei tantas vezes em posts atrás.
A cidade fica festiva. Por onde passamos todos queriam saber se íamos para o casamento. Os hotéis lotam, os cabelereiros, os táxis, todos participam de alguma forma do grande evento.
Ficamos em uma pousada inaugurada no alto da serra, com poucos apartamentos, um charme de lugar. O atendimento feito pela Deidiane e pela Ana é simples e acolhedor. Elas fazem você sentir-se em sua casa de campo.
Saímos para um passeio na cidade, que está extremamente arrumada, com as casas conservadas e pintadas e todos tentam te ajudar com a simpatia do mineiro. Mesmo que você questione, a cidade está preparada para receber e todos estão conscientes.
Os táxis, que demoram mais de 10 minutos para qualquer destino, cobram sempre R$ 15 e é melhor usá-los, pois não existem áreas de estacionamento.
A riqueza da obra sacra barroca nos mostra a chance de atingir o mundo.
O artesanato único é lindo e está em toda parte, marcando sua história.
São inúmeros restaurantes e, no geral, a gastronomia é mineira.
Almoçamos no Raízes de Minas, no vilarejo de Bichinho. Provei a erva mineira Ora-pro-nóbis, uma folha redonda que dá em um arbusto e é cozida. Tem um sabor interessante, é uma gosma que lembra o quiabo. No passado era utilizado para substituir a carne, pois tem grande concentração de ferro (explicação mineira). Claro que eu pedi um peito de frango na chapa.
As vans oferecidas pelos noivos chegaram às 16h. A pavimentação da cidade dificulta o salto alto. Então, se tiver um casamento aqui, opte por um salto mais grosso.
A noiva optou em não decorar a igreja para não correr o risco de estragá-la e ela acertou, pois bastaram as luzes e o barroco dourado.
O buffet com a vista do morro atrás deu um toque facilitador para o sucesso da festa.
Minha opinião continua a mesma: a simplicidade e o bom gosto para esta ocasião valem mais que milhões desperdiçados em grandes bufetts e festa milionárias.